quarta-feira, 5 de junho de 2024

Equívocos sobre a Morte

A cremação não nos transforma em cinzas

Cada vez mais gente tem optado, quando é possível, pela cremação de seus familiares, evitando que seu corpo fique enterrado à espera da decomposição. E imaginamos que, ao fim do processo, o cadáver se transformou em pó que pode ser guardado em uma urna pequena.

Isso não é exatamente verdade. Quando um corpo é posto num forno crematório, ele recebe uma temperatura de cerca de 1000 °C. O resultado final não é o pó que muitos imaginam: restam fragmentos ósseos residuais que só sumirão se forem triturados mecanicamente.

Ou seja, dá para dizer que, depois da cremação, os restos mortais parecem menos com pó e mais com cascalho.

O peso da alma não é 21 gramas

Existe um misterioso mito bastante difundido de que, no momento em que alguém dá seu último suspiro, o peso do corpo diminui exatamente 21 gramas - o que seria, portanto, o peso da alma.

Este mito surgiu de uma experiência feita por um médico chamado Duncan MacDougall que, no início do século XX, convenceu seis pacientes terminais a descansar em leitos construídos com balanças. Quando eles faleceram, ele mediu a perda do peso antes e no exato momento da morte.

Contudo, de acordo com essa experiência, apenas o primeiro paciente perdeu 21 gramas. Outro falecido não teve seu peso verificado porque a balança não estava bem ajustada. Já os outros perderam mais que 21 gramas.

No entanto, a descoberta de MacDougall causou agitação no meio acadêmico. Hoje já é consenso que o experimento do médico tinha uma amostra muito pequena para tirar qualquer conclusão sobre o suposto peso da alma.

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