domingo, 10 de abril de 2022

Crimes que Abalaram o Brasil

REPÓRTER É SEQUESTRADO PARA DAR RECADO
Em agosto de 2006, o repórter da TV Globo Guilherme Portanova e o auxiliar técnico Alexandre Calado foram sequestrados em uma padaria próxima à sede da emissora na capital paulista. Os sequestradores, que se diziam da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), ameaçavam matar o jornalista caso um vídeo de um homem encapuzado criticando o isolamento de líderes do grupo presos não fosse veiculado.

O auxiliar foi libertado no mesmo dia, com a incumbência de entregar as imagens para a emissora. Com a exibição do material na TV Globo, Portanova foi libertado após 40 horas de sequestro. A polícia divulgou o retrato falado dos três suspeitos de participarem da ação, mas ninguém foi preso.

COMANDANTE DO MASSACRE NO CARANDIRU É MORTO
O coronel da reserva Ubiratan Guimarães, 63 anos, então deputado estadual, foi encontrado morto com um tiro no abdome em setembro de 2006, em seu apartamento, na capital paulista. O militar ficou conhecido como o homem que, em 1992, ordenou a invasão do Carandiru durante uma rebelião, episódio que terminou com 111 presos mortos. Ele chegou a ser condenado a 632 anos de prisão pelo massacre, mas foi absolvido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A única suspeita é a namorada de Ubiratan, a advogada Carla Cepollina. Ela foi a última pessoa a deixar o apartamento na noite do crime, quando o casal teria discutido por causa de um telefonema de uma mulher para o celular do coronel. O processo contra Cepollina chegou a ser arquivado, mas a Justiça de São Paulo determinou, em junho deste ano, que a advogada seja levada a júri popular. Ela nega a acusação.

FAMÍLIA É QUEIMADA EM ASSALTO EM SP
Em dezembro de 2006, após assaltar um estabelecimento comercial em Bragança Paulista, interior de São Paulo, dois homens colocaram a gerente do local, o marido dela, o filho e uma funcionária em um carro, amarrados, e atearam fogo ao veículo. Eliana Faria da Silva e seu marido, Leandro Donizete de Oliveira, morreram carbonizados no local. O filho do casal, Vinicius Faria de Oliveira, 5 anos, foi resgatado do veículo pela outra vítima, a operadora de caixa Luciana Michele Dorta. Mesmo com 90% do corpo queimado, a criança conseguiu mostrar à polícia o local onde os pais foram mortos. O menino morreu na manhã seguinte.

Luciana, com queimaduras em 80% do corpo, prestou depoimento e reconheceu um suspeito, preso após procurar atendimento médico por queimaduras. No entanto, ela não resistiu e morreu dias depois. O homem delatou um comparsa e os dois foram condenados pelo crime. Joabe Severino Ribeiro e Luis Fernando Pereira pegaram 60 anos de prisão em regime fechado.

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