O casamento deveria ser realizado o quanto antes
As mulheres dependiam do consentimento da família para iniciar um
relacionamento.
Não havia um tempo específico para o namoro perdurar, no entanto,
durante a era Bridgerton, as moças não deviam se casar muito depois dos 24
anos. E a família da jovem poderia intervir no relacionamento se o pedido não
fosse realizado dentro do tempo esperado.
Esse pedido, diga-se de passagem, deveria ser feito primeiro ao pai
da jovem. E uma vez aceito, a negociação teria início. Tudo isso para que um
acordo que estipulasse detalhes sobre herança e definição das propriedades da
família fosse firmado. Alguns relacionamentos chegavam a avançar mais uma etapa
antes do casamento. Por isso, muitas moças chegavam ao altar já grávidas.
Nem todos concordavam com essa forma de estabelecer relações
As personagens de Jane Austen mostram como nem todos gostavam de
seguir a regra do jogo dos relacionamentos.
Naturalmente, havia quem criticasse essa fixação em um
relacionamento financeiramente vantajoso, ou no próprio romantismo exacerbado,
como mostram as heroínas de Jane Austen, passando da mais famosa, Elizabeth
Bennet, de 'Orgulho e Preconceito', até Elinor Dashwood, de 'Razão e Sensibilidade' — retratadas em um período anterior ao da era Bridgerton.
Mas mesmo essas personagens mais racionais tinham a sua cota de
sensibilidade. E se por um lado elas eram observadoras atentas da sociedade e
criticavam aquilo que ela tinha de mais absurdo, por outro, elas também
valorizavam um relacionamento duradouro e bem construído.
Por fim, cabe destacar que muitos casamentos daquele período foram consumados sem amor. Em alguns casos, o sentimento floresceu com o passar do tempo. Mas quem optou por não se arriscar nesse negócio, por sua vez, teve de sobreviver em uma sociedade que reduzia o valor daquele que escolhia seguir só. E para isso, era necessário ter recursos.
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