segunda-feira, 2 de junho de 2014

Valeu, Francisco das Chagas Marinho

  

Ídolo do Botafogo e eleito melhor lateral-esquerdo da Copa do Mundo de 1974, além de ter sido um dos mais destacados desta posição no Brasil em todos os tempos, Marinho Chagas, o "Bruxa", morreu neste domingo, em João Pessoa, aos 62 anos.
Marinho foi vítima de uma hemorragia digestiva que o levou a ser internado às pressas ontem, enquanto participava de um evento ligado à Copa do Mundo na capital paraibana.
Em nota oficial, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José María Marin, lamentou a morte do "Bruxa", a quem se referiu como "um lateral com características ofensivas e de muito talento".
Nascido em Natal, Marinho começou sua carreira profissional no ABC e se destacou no Botafogo, pelo qual jogou entre 1972 e 1976. Ele passou ainda por Fluminense e, em 1979, foi contratado pelo New York Cosmos. Nos Estados Unidos, também atuou pelo FL Strikers, e voltou ao Brasil para jogar pelo São Paulo.
Marinho Chagas encerrou a carreira no Augsburg, da Alemanha, em 1988, teve curta carreira como técnico e, nos últimos anos, trabalhou como comentarista esportivo em Natal. 
 
Marinho Chagas foi um dos ídolos do Botafogo na década de 1970. Dono de um chute forte e preciso, era conhecido pelos gols de falta marcados frequentemente.
Marinho Chagas era conhecido pelo comportamento irreverente e não raro polêmico dentro e fora de campo, se destacando por estar taticamente à frente de seu tempo: avançava livremente pela lateral do campo rumo ao ataque, características de um verdadeiro ala. Isso na época causava controvérsia, já que antigamente era considerado muito mais importante para um lateral marcar do que apoiar. Por causa disso, Marinho recebeu o pejorativo apelido de "Avenida Marinho Chagas", devido aos eventuais espaços que deixava em campo. Ficou marcado pela forte briga que teve com o então goleiro Leão no jogo que valeu a eliminação do Brasil na Copa de 74, contra a Polônia, perdido por 1 a 0, jogo que valia a 3ª posição. No entanto, depois foi considerado como um dos grandes laterais-esquerdos da história do futebol brasileiro, ao lado de outros nomes que brilharam em Copas do Mundo como Nílton Santos,JúniorBranco e Roberto Carlos.
Nos seus últimos anos de vida, morou em sua cidade natal, onde era comentarista da Band Natal, emissora Grupo Bandeirantes de Comunicação. Enfrentava a batalha contra o alcoolismo, vício pelo qual foi vencido quando faltavam onze dias para o início da Copa do Mundo no Brasil, ao passar mal em um evento de troca de figurinhas na cidade de João Pessoa.
Marinho foi homenageado diversas vezes pelo estado do Rio Grande do Norte; a última delas foi uma estátua sua entre as decorações da cidade do Natal para a Copa do Mundo. Ele também era membro e embaixador da cidade-sede para a Copa do Mundo.
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