- O peixão de Ernest Hemingway
— um velho, um mar
de ignorância, um peixe enorme (o maior que já se teve notícia…). Fisgado,
nadou, nadou e morreu, não na praia, como o seu senil e já combalido algoz,
mas, na proa de um barco bem menor do que ele. Ali, na solidão das marés, em
matéria de grandeza moral, rolou um empate técnico: um pescador em final de
carreira sonhando ainda em fisgar o maior peixe de toda a sua vida; um peixe
sonhando em degustar as sardinhas mais saborosas dos sete mares.
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