Raios-X portátil
Os atendimentos de serviços médicos nos campos de batalha não eram nada fáceis na Primeira Guerra Mundial. Em 1914 (o primeiro ano dessa guerra) foi marcado por extremas dificuldades nessa área, mas os exércitos rapidamente trataram de desenvolver sistemas sofisticados para resolver os mais variados problemas de lesões durante o período com algumas inovações.
Umas delas foi a tala de Thomas, artefato utilizado para imobilizar os membros (geralmente pernas quebradas), que teve um enorme impacto sobre as taxas de sobrevivência em uma época antes dos antibióticos. Antes disso, a porcentagem de mortes decorrentes de complicações de fraturas de fêmur (por exemplo) era muito alta.
Além disso, bancos de sangue foram desenvolvidos, graças à utilização de citrato de sódio para evitar que o sangue coagulasse e se tornasse inutilizável, permitindo as transfusões em pleno campo de batalha. Mais uma inovação que salvou muitas vidas.
No entanto, talvez uma das inovações médicas mais importantes da época foi a capacidade de poder levar as ferramentas de diagnóstico para a linha de frente. Mas tinha um equipamento que era muito grande e delicado para ser transportado: o aparelho de raio-X.
Pensando em tornar o transporte e uso mais prático para o serviço médico dos campos de batalha, a cientista polonesa Marie Curie (que morava em Paris) levantou fundos na França para desenvolver pequenas máquinas de raios-X móveis. Os equipamentos foram então instalados em carros e caminhões do exército francês.
Ela mesma dirigiu alguns desses veículos para levar até as linhas de combate, contando com a ajuda de sua filha Irene, de 17 anos, e trabalhando em estações de remoção de vítimas com o uso dos aparelhos de raio-X para localizar fraturas, balas e estilhaços.
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