Psicopatas recebem sentenças penais mais severas
Um diagnóstico de psicopata ajuda ou prejudica um réu? Curiosos sobre qual poderia ser o conteúdo de resposta à essa pergunta, um grupo de pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, apresentou um caso fictício a um grupo de 181 juízes estaduais. Para criar o caso, eles haviam criado um personagem chamado Jonathan Donahue, que foi baseado em um criminoso real. Os juízes foram informados que Donahue executou um roubo violento um restaurante de fast food e mostrou zero remorso por seu crime – e inclusive se vangloriou dele enquanto estava foragido. A cada juiz também foi dito que Donahue era um psicopata, mas apenas metade deles recebeu uma explicação biológica para o seu transtorno.
Antes de anunciarem suas decisões, os juízes foram questionados sobre com quantos anos eles normalmente sentenciam um criminoso condenado por lesão corporal grave. A maioria disse que com cerca de nove anos. No entanto, eles foram mais severos com o bandido ficcional.
Os juízes que apenas receberam a informação de que Donahue era um psicopata sentenciaram ele com uma média de 14 anos atrás das grades. E os juízes que receberam uma explicação científica que justificava a condição do réu deram, em média, apenas um ano a menos de sentença. Ou seja: não fez grande diferença. Talvez este grupo de juízes tenha sentido um pouco de solidariedade com o fato do “personagem” do caso estar preso a uma situação que foge de seu controle. Mas, ainda assim, 13 anos é um pouco longe dos 9 que um criminoso “saudável” costuma receber.
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