Por causa do ângulo fechado da curvatura do ovo nessa posição, que faz com que a resistência da casca anule a força aplicada para quebrá-lo. É que, ao aplicarmos determinada pressão com as mãos nas extremidades, ou polos, do ovo, a força acaba se distribuindo sobre toda a casca, sendo anulada por uma força contrária. "A intensidade da força que conseguimos aplicar com as mãos nos polos não é suficiente para romper a resistência da casca".
O mesmo não ocorre quando você decide quebrar o pobre ovinho por uma de suas laterais (ou equador). "Nesse caso, como a compressão é perpendicular à casca, a parte pressionada pode ceder para dentro sem comprimir o restante da casca", diz Oliveira. O curioso é que, há séculos, esse mesmo princípio tem permitido que arquitetos e engenheiros ergam pontes, palácios e outras edificações cheias de arcos e abóbadas.
Se você reparar bem, vai ver que essas estruturas possuem o formato convexo de um ovo – sua concha é, na verdade, uma abóbada fechada. O peso da estrutura que está sob a parte central de um arco de pedra, por exemplo, não é capaz de destruí-lo porque as forças se distribuem lateralmente, pressionando as pedras do lado.
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