Céu e inferno
O céu e o inferno rondam o imaginário coletivo da humanidade apesar de serem uma concepção relativamente recente nas religiões. A ideia de julgamento da alma resultando em diferentes destinos era rara nas culturas do Mediterrâneo que inspiraram as narrativas do Antigo Testamento. As pessoas cultivavam Deus (ou deuses, no caso dos politeístas) buscando uma vida feliz e realizada durante seu tempo na Terra, enquanto quem morresse iria, sem distinção, para um "Reino dos Mortos" sem recompensa ou punição.
Isso mudou por volta de 400 a.C., com o filósofo Platão, no caso dos politeístas. Para os cristãos, essas ideias chegaram mais tarde, por influência da filosofia helênica grega a respeito do pós-vida que passou a circular entre os judeus. O ponto para impulsionar o ideal de céu e inferno veio com a perseguição dos judeus por governantes pagãos, que os forçavam a abdicar de sua fé. Como forma de oferecer-lhes esperança, os pensadores judaicos propuseram o Juízo Final, em que todas más ações seriam corrigidas. O passo definitivo aconteceu na Idade Média, quando a Igreja Católica definiu a doutrina do purgatório.
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